Em 1950, Isaac Asimov lançou o livro "Eu, Robô", que introduziu as famosas Três Leis da Robótica. Essas regras, formuladas há mais de sete décadas, ainda são um ponto de referência na discussão sobre a ética e a segurança da inteligência artificial (IA).
Ao longo deste artigo, exploraremos a relevância dessas leis na era moderna da robótica, especialmente no contexto dos robôs colaborativos (cobots) que estão revolucionando a indústria.
Continue a leitura e confira em detalhes:
- Quais são as as Três Leis da Robótica de Isaac Asimov?
- Relevância das Três Leis na Robótica Moderna
- Cobots e as Leis da Robótica
Quais são as as Três Leis da Robótica de Isaac Asimov?
- Lei 1: Um robô não pode ferir um ser humano ou permitir, por inação, que um ser humano sofra algum mal;
- Lei 2: Um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos, exceto nos casos em que essas ordens entrem em conflito com a Primeira Lei;
- Lei 3: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que essa proteção não entre em conflito com a Primeira ou a Segunda Lei.
Em 1985, no livro "Robôs e Império”, Asimov cria uma quarta lei: a “Lei Zero”. A lei diz que “um robô não pode fazer mal à humanidade e nem, por inação, permitir que a humanidade sofra algum mal”.
Portanto, essas leis foram criadas para estabelecer uma estrutura que garantisse a segurança e o bem-estar dos seres humanos na interação com robôs. Elas abordam preocupações éticas e morais sobre o poder crescente da tecnologia robótica e sua integração na sociedade humana.
Relevância das Três Leis na robótica moderna
Apesar de Asimov ter escrito suas leis com uma perspectiva futurista e ficcional, muitos dos seus princípios ainda são relevantes na robótica e na inteligência artificial de hoje.
Preparamos uma análise para entender melhor como cada uma das leis podem ser aplicadas na robótica moderna. Confira a seguir:
Lei 1: Proteção do humano
A Primeira Lei de Asimov estabelece que os robôs não devem causar dano a seres humanos. Na robótica industrial, esta lei se traduz na importância da criação de sistemas e regulamentos seguros e confiáveis. Ou seja, fabricantes de robôs devem ter como uma de suas prioridades o desenvolvimento de mecanismos que garantirão a segurança das pessoas que atuarão em conjunto com a tecnologia.
Robôs colaborativos, como os da Universal Robots, por exemplo, são projetados com sensores robóticos e mecanismos de segurança que garantem uma interação segura com os operadores humanos. Eles têm a capacidade de detectar e parar imediatamente quando detectam uma possível colisão, protegendo os trabalhadores de possíveis ferimentos.
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Lei 2: Obediência as ordens humanas
A Segunda Lei afirma que os robôs devem obedecer às ordens humanas, desde que isso não entre em conflito com a Primeira Lei.
Na prática industrial, isso se reflete na capacidade dos robôs de realizar tarefas específicas conforme programado pelos operadores humanos. Ou seja, deve-se haver uma hierarquização onde os humanos definem as tarefas a serem executadas.
Os cobots, por exemplo, são robôs altamente adaptáveis, logo, podem ser programados para executar uma ampla gama de funções enquanto respeitam as diretrizes de segurança.
Lei 3: Autoproteção
A Terceira Lei, que prioriza a autoproteção dos robôs, deve ser considerada em termos de manutenção e operação na robótica industrial atual.
Os cobots, por exemplo, são fabricados com tecnologia robusta e durável, contudo, sua manutenção é fundamental para garantir um funcionamento contínuo e eficiente.
Os fabricantes de cobots, como a Universal Robots, projetam seus robôs com sistemas de monitoramento que identificam problemas antes que se tornem sérios, promovendo a longevidade e a operação segura dos robôs.
Lei Zero: O bem da humanidade
A Lei Zero, introduzida em "Robôs e Império", amplia o conceito das leis anteriores para incluir a proteção da humanidade como um todo.
Na prática da robótica moderna, podemos traduzir esta lei para a consideração de impactos ambientais e sociais. Ou seja, fabricantes de robôs devem desenvolver tecnologias que possam otimizar as operações industriais, mas sem deixar de lado a preocupação com o impacto ambiental gerado.
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Cobots e as leis da robótica
Como já mencionado anteriormente, os robôs colaborativos são projetados para trabalhar ao lado de seres humanos, combinando a precisão e a eficiência das máquinas com a flexibilidade e o julgamento humano.
Esse conceito de colaboração é particularmente relevante quando se considera as Três Leis da Robótica. A seguir destacamos alguns dos diferenciais dos cobots para a robótica moderna:
1. Segurança
A colaboração entre humanos e robôs exige que os cobots sejam projetados com a máxima segurança, protegendo os trabalhadores de qualquer dano.
Você pode dar as tarefas DDD (dirty, dangerous and dull - sujas, perigosas e monótonas) aos cobots para reduzir lesões por esforço repetitivo e ferimentos acidentais em humanos. O sistema de segurança nos cobots conta com 17 configurações nativas e é certificado mundialmente.
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2. Adaptação
Diferentemente dos robôs industriais que só podem realizar uma tarefa, os cobots podem ser facilmente transferidos para realizar tarefas distintas.
Os cobots UR são leves, ocupam pouco espaço e fáceis de reutilizar em múltiplas aplicações sem mudar seu layout de produção. Ou seja, mover um cobot para um novo processo na linha é fácil e rápido, o que proporciona às indústrias a agilidade para automatizar mesmo pequenos ciclos de produção e mudanças de linha frequentes.
3. Fácil programação
Cobots são desenvolvidos para serem mais diretos que robôs industriais tradicionais. Portanto, com essa tecnologia você consegue liberar seus trabalhadores de operações rotineiras e deixar que se tornem operadores robóticos com mais tempo disponível para tarefas importantes.
Com uma visualização intuitiva em 3D, é possível mover o braço robótico aos pontos desejados ou tocar as setas no tablet de controle.
4. Implementação rápida
A Universal Robots revolucionou a implementação de robôs ao reduzir significativamente o tempo de instalação. Muitos processos comuns de cobots podem ser programados e operados após nosso treinamento básico online e gratuito.
Módulos com instrutores também estão disponíveis para tarefas mais avançadas. Além disso, a assistência de especialistas está disponível através de distribuidores, parceiros de treinamento certificados e integradores.
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