A robótica marca presença desde a década de 60 no chão de fábrica da indústria automotiva. Mas, se você pensa que essa tecnologia é grande, pesada, cara, e ainda, que precisa de diversos itens de proteção de segurança adicionais, é porque ainda não conhece as aplicações dos cobots na indústria automotiva.
Confira neste artigo como os braços robóticos colaborativos vêm sendo amplamente utilizados na fabricação e montagem de automóveis pelo mundo.
Onde tudo começou: os primórdios da robótica industrial
A história da robótica sempre esteve intimamente ligada à indústria automotiva. Em 1962, a General Motors foi a empresa pioneira na implantação robôs industriais. Já a partir da década de 1970, toda a indústria automotiva foi caracterizada pelo uso abrangente de grandes sistemas de robôs em suas linhas de produção. Até agora.
Novos hábitos de consumo, novas formas de produção
Atualmente, muitas mudanças estão acontecendo no setor automotivo. Os clientes exigem cada vez mais que seus carros sejam personalizados e, portanto, os tamanhos dos lotes em produção estão se tornando cada vez menores.
Ou seja, para os fabricantes de automóveis e todos os seus fornecedores, esse desenvolvimento significa que eles sempre devem estar preparados para mudanças no layout de produção, a fim de atender às novas demandas dos clientes. Portanto, além da precisão e da eficiência, a flexibilidade também se tornou um fator chave nesse segmento industrial.
No entanto, é importante lembrar que flexibilidade não é considerada uma competência central dos robôs industriais tradicionais que ficam aparafusados em uma gaiola, dedicados a apenas uma tarefa. É por isso que muitos fabricantes estão usando robôs colaborativos em sua produção.
A fábrica do futuro: modular, móvel e flexível
No evento “Tech Day Smart Factory”, que aconteceu na sede da Audi, em Ingolstadt, Alemanha, a marca apresentou um novo conceito de produção que vai muito além da linha de montagem tradicional.
O novo conceito abraça uma abordagem modular e móvel de montagem para enfrentar a alta complexidade de novas variedades de produtos e integração contínua de novos processos na produção. Além dos veículos guiados automaticamente (AGVs), os robôs leves e flexíveis da Universal Robots também desempenham um papel importante na visão da fábrica do futuro da Audi.
Deixe as tarefas ergonomicamente desfavoráveis para os cobots
Embora a necessidade de flexibilidade esteja ganhando importância para os fabricantes, não é a única razão pela qual as principais empresas automotivas optam pelos cobots. A oportunidade de liberar funcionários humanos de atividades extenuantes e prejudiciais à saúde também é um fator importante. A Bajaj Auto Ltd., empresa indiana, terceira maior fabricante de motocicletas do mundo, reconheceu cedo essa necessidade.
Em 2010, eles não estavam apenas buscando processos de produção mais padronizados, mas também uma maneira eficiente de enfrentar os desafios que surgiram de uma grande parte das tarefas ainda realizadas manualmente.
“As linhas de montagem de veículos de duas rodas são altamente trabalhosas, espacialmente desafiadoras e têm movimentos fisicamente desgastantes que exigem precisão de ponta”, explica Vikas Sawhney, Gerente Geral de Engenharia, Robótica e Automação da Bajaj. Essas foram as principais razões por trás de sua decisão de integrar mais de 100 cobots em sua produção.
Além disso, os trabalhadores também estão satisfeitos: “Graças à produção de alta qualidade que alcancei com os cobots, sinto-me muito orgulhoso de minhas realizações”, disse Rameshwari, operador de linha de montagem da Bajaj Auto Ltd. “Operar esta tecnologia avançada é muito interessante e fácil, e todas as partes fisicamente desafiadoras são cuidadas.”.
Leia também: Trabalhar junto com cobots, veja a opinião das equipes.
Envelhecimento da força de trabalho suprido com cobots
A Nissan Motor Company seguiu por um caminho semelhante. A empresa e seus funcionários tiveram que enfrentar os desafios do envelhecimento da força de trabalho, associados à perda de habilidades vitais. Dessa forma, o principal problema a ser transposto na unidade de Yokohama eram os tempos de ciclo excessivos, com a necessidade de mobilizar mais trabalhadores, o que, por sua vez, significou um maior custo de mão de obra e pessoal para a Nissan.
Assim, ao instalar duas linhas de cobots UR10, a Nissan resolveu dois problemas: o tempo de ciclo da empresa e a quantidade de levantamento de peso, que foi significativamente reduzida para a equipe.
Cobots ganhando diversos segmentos
Não apenas os fabricantes, mas também seus fornecedores contam com os cobots. Apenas como exemplo, um dos maiores fornecedores de peças OEM do mundo, Continental Automotive, instalou seis cobots automatizando o manuseio de placas de PCB na produção de painéis de instrumentos de automóveis com três projetos UR10 adicionais em andamento.
Grandes empresas multinacionais não são os únicos exemplos da indústria automotiva que investe na robótica colaborativa. Os cobots também estão encontrando seu caminho em linhas de produção em empresas menores, como aplicações de montagem na SHAD ou moldagem por sopro na Linaset.
Cobots na indústria automotiva
Já são vários os cases de sucesso de cobots na indústria automotiva. E não é para menos, com uma programação e montagem simples e intuitiva; mecanismos de segurança já integrados em seu programa padrão, sem necessidade de itens de segurança adicionais; e possibilidade de automatizar quase qualquer coisa, os cobots estão ditando como será a fábrica do futuro: melhor para os trabalhadores, com produtos personalizados e de qualidade elevada para o consumidor final e altamente rentável para as empresas que apostam nessa tecnologia.
Já são mais de 46 mil cobots instalados em todo o mundo! Comece hoje mesmo a revolução também no seu chão de fábrica!