A hiperautomação, um conceito que faz parte da Indústria 4.0 diz respeito ao uso em conjunto de diversas tecnologias avançadas como inteligência artificial (IA), automação de processos robóticos (RPA), Machine Learning, Internet das Coisas (IoT) e robótica colaborativa. Seu objetivo é automatizar ao máximo as operações, e com isso aumentar a eficiência no chão de fábrica.
Ao longo deste artigo vamos entender melhor como funciona essa prática. Continue a leitura e veja em detalhes:
- O que é hiperautomação e por que esse conceito é importante?
- Como a hiperautomação combina diferentes tecnologias?
- Benefícios da hiperautomação na indústria
O que é hiperautomação e por que esse conceito é importante?
A hiperautomação pode ser entendida como uma evolução da automação industrial de processos. Enquanto a automação tradicional foca na substituição de tarefas repetitivas, a hiperautomação utiliza uma combinação de ferramentas inteligentes para otimizar cadeias de produção inteiras.
Dessa forma, é possível ir além da automatização de tarefas isoladas, direcionando o foco em fluxos de trabalho completos. O resultado é a conexão de diferentes setores e sistemas dentro de uma empresa.
Esse conceito está diretamente relacionado ao Intelligent Business Automation (IBA), uma abordagem que aplica IA e automação avançada para tomar decisões baseadas em dados em tempo real. A partir dessa combinação, as indústrias ganham vantagens como:
- Automatização de processos;
- Aprimoramento da sua capacidade de adaptação a novas demandas;
- Previsão de falhas antes que ocorram;
- Portanto, indústrias que adotam essa tecnologia conseguem melhorar sua eficiência operacional, reduzir desperdícios e aumentar a previsibilidade dos seus processos produtivos.
Como a hiperautomação combina diferentes tecnologias?
Como mencionado anteriormente, a hiperautomação é um ecossistema tecnológico que reúne várias soluções para otimizar operações industriais de forma integrada. Listamos as principais tecnologias abaixo:
1. Inteligência artificial e Machine Learning
A IA e o aprendizado de máquina são partes essenciais da hiperautomação. Esses sistemas são responsáveis por analisar grandes volumes de dados em tempo real, identificar padrões e realizar ajustes automáticos nos processos industriais.
Já o machine learning permite que máquinas e algoritmos aprendam com experiências anteriores, o que ajuda a melhorar continuamente sua eficiência e precisão.
- Leia também: Inteligência artificial na indústria: principais aplicações e benefícios
2. Automação de processos robóticos (RPA)
RPA (Robotic ProcessAutomation, ou Automação Robotizada de Processos) é uma tecnologia de software que torna mais fácil construir, implementar e gerenciar robôs de software que simulam ações humanas em interação com sistemas digitais e softwares.
Assim como as pessoas, softwares robóticos podem fazer coisas como entender o que está numa tela, completar os toques de tela certos, navegar sistemas, identificar e extrair dados e performar uma variedade de ações pré-definidas.
Mas softwares robóticos fazem isso mais rápido e mais consistentemente que humanos.
Ele pode ser aplicado em diversas etapas da produção, desde o controle de qualidade até a gestão de estoques, garantindo um fluxo de trabalho mais eficiente.
3. Internet das Coisas (IOT)
A IoT conecta sensores e dispositivos em toda a linha de produção, permitindo a coleta e análise de dados em tempo real. Essa conectividade viabiliza um monitoramento contínuo dos processos industriais, antecipando falhas e otimizando a alocação de recursos.
Além disso, a integração com IA torna possível prever problemas antes que eles ocorram, logo, é possível reduzir paradas inesperadas e melhorar a produtividade.
- Leia também: IIOT: como seus recursos deixam os robôs UR mais colaborativos?
4. Robótica colaborativa
Os cobots são projetados para interagir de forma segura e eficiente com trabalhadores humanos em ambientes industriais. Ao contrário de robôs industriais tradicionais, que geralmente requerem áreas isoladas devido a preocupações de segurança, os cobots são equipados com sensores robóticos avançados e sistemas de controle que permitem a sua operação em proximidade direta com pessoas.
Essa característica torna os cobots extremamente versáteis e adequados para uma variedade de tarefas, desde a montagem de peças pequenas até a assistência em processos de fabricação complexos.
Além disso, eles são fáceis de programar e reconfigurar, o que os torna ideais para ambientes de produção que exigem flexibilidade e mudanças frequentes na linha de produção.
Quando integrados a sistemas de IA e IoT, os cobots podem ajustar automaticamente suas operações com base nos dados recebidos, otimizando a eficiência produtiva.
- Leia também: Custos e benefícios da implantação de um braço robótico industrial
5. Big Data
Big Data refere-se a conjuntos de dados volumosos, complexos e diversos, que são difíceis de serem processados e gerenciados pelos métodos tradicionais de análise de dados.
Esses conjuntos de dados são caracterizados por sua variedade, velocidade e volume, conhecidos como os "3Vs" do Big Data.
A tecnologia do Big Data envolve a coleta, armazenamento, processamento e análise desses grandes conjuntos de dados para extrair insights valiosos e tomar decisões informadas.
É necessário utilizar ferramentas e técnicas avançadas, como computação distribuída, algoritmos de processamento paralelo e aprendizado de máquina, para lidar com a escala e complexidade dos dados.
- Leia também: Big Data na Indústria 4.0: quais são seus impactos?
Benefícios da hiperautomação na indústria
A implementação da hiperautomação traz uma série de vantagens para a indústria, uma vez que impacta desde a produtividade até a segurança dos trabalhadores. Veja a seguir os principais benefícios:
1. Redução de custos operacionais
A automação de processos reduz a necessidade de mão de obra para tarefas repetitivas, além de minimizar erros e desperdícios. Com a hiperautomação, as empresas podem otimizar o uso de recursos, e com isso evitar paradas não planejadas e reduzir custos com manutenção corretiva.
2. Aumento da eficiência produtiva
A integração de IA, IoT, robótica e outras tecnologias inovadoras permite que os processos sejam monitorados e ajustados em tempo real. Com isso, sua linha de produção ganha maior precisão e produtividade.
Os cobots, por exemplo, podem trabalhar continuamente sem fadiga, mantendo um padrão de qualidade elevado e constante.
3. Flexibilidade
A hiperautomação torna as fábricas mais adaptáveis a novas demandas. Com sistemas inteligentes, é possível reconfigurar linhas de produção rapidamente para fabricar novos produtos ou responder a mudanças no mercado sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura.
Os cobots são tecnologias altamente flexíveis e podem ser realocados de função a qualquer momento com facilidade.
4. Melhoria na segurança do trabalho
Os cobots assumem tarefas perigosas, reduzindo a exposição dos trabalhadores a riscos. Além disso, sensores avançados garantem que as máquinas operem com maior segurança, o que ajuda a prevenir acidentes de trabalho.
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