Os processos de manutenção industrial e programas de manutenção são uma das pedras fundamentais de qualquer prática produtiva das empresas e indústrias atuais. Diferentes tipos de manutenção coexistem no local de trabalho para dar aos fabricantes a oportunidade de otimizar suas linhas de produção.
Cada companhia define suas diretrizes e estratégias de implementação e planejamento. Neste artigo, exploramos os três tipos principais de manutenção:
- Manutenção corretiva;
- Manutenção preventiva;
- Manutenção preditiva.
Continue lendo para saber mais e ter exemplos práticos de cada uma!
Importância da manutenção industrial
Custos de manutenção ocupam uma parte considerável dos gastos de operação da maioria das indústrias, chamado OpEx (Operational Expenditure). Em alguns casos, podem representar até 50% do orçamento disponível. Imprevistos como falhas prematuras podem adicionar ainda mais custos de difícil gerenciamento.
Além disso, uma produção parada não entrega produto e, consequentemente, não gera lucro.
Mas existe uma razão para as indústrias não abrirem mão desse gasto. Equipamentos defeituosos aumentam os riscos no local de trabalho e podem ferir gravemente os trabalhadores, pondo em xeque toda a organização das fábricas.
E no aspecto produtivo, máquinas defeituosas geram produtos com problemas, trabalham mais devagar, geram mais desperdício e custam mais para funcionar no geral.
De maneira simples, a lucratividade de uma empresa depende em grande parte dos planos dos times de manutenção e dos processos de revisão bem estabelecidos.
Cada fábrica tem suas necessidades específicas, e cada máquina exige um tipo de controle e acompanhamento. Portanto, a contratação de profissionais qualificados se faz necessária. Até por isso, empresas que querem reduzir custos relacionados à área devem optar por máquinas e ferramentas com baixa necessidade de manutenção.
Quanto menos defeito as máquinas apresentarem, menor o tempo de linha parada, e isso impacta diretamente na qualidade de produção da linha.
Entenda abaixo os tipos de manutenção e como elas impactam a linha produtiva dentro dos processos de automação industrial modernos.
Tipos de manutenção industrial
1. Manutenção corretiva
O pior tipo de manutenção que pode ocorrer em uma fábrica é a corretiva. Como o próprio nome sugere, ela ocorre quando um problema interrompe o funcionamento do equipamento, paralisando as atividades ali.
Isso consequentemente gera tempo de linha parada, atrapalhando as atividades da linha, atrasando entregas e causando prejuízos financeiros às empresas.
Além disso, manutenções corretivas normalmente tratam de problemas médios ou graves. Como quando uma máquina pifa ou quebra uma das partes. Isso exige compra de novas peças e contratação de pessoal qualificado para realizar a substituição.
Outro problema relacionado à necessidade dessa manutenção é o fato de que pode ocorrer a qualquer momento. Como veremos a seguir, os outros tipos podem ser agendados e aplicados ao final do dia produtivo, ou até mesmo feitos nos finais de semana, quando muitas indústrias estão inoperantes.
Contudo, uma falha ou defeito que exija manutenção corretiva pode ocorrer tanto no final do turno de trabalho quanto no começo, logo pela manhã, interrompendo as operações por horas.
2. Manutenção preventiva
A manutenção preventiva ocorre quando um técnico especializado (ou colaborador treinado da própria empresa) visita uma instalação e faz uma verificação das peças nas máquinas antes que apresentem defeito.
Um exemplo clássico desse tipo de manutenção são as revisões periódicas indicadas pelos fabricantes de veículos após determinada quilometragem. Nesses casos, há troca de óleo, verificação de correias e filtros como forma de manter os carros funcionando da maneira mais parecida possível com o original de fábrica.
E para os equipamentos industriais, a mesma lógica pode ser aplicada. A manutenção preventiva foca nas principais partes e peças sujeitas a falhas, realizando trocas de óleo, fluidos e partes submetidas a desgaste (juntas, dobras, pontas sob desgaste excessivo etc.)
As manutenções preventivas podem ser agendadas e controladas por tabelas ou sistemas de calendário para cada equipamento. Pelo caráter estratégico, economizam custos para as empresas e os horários agendados ajudam a minimizar o tempo de linha parada.
3. Manutenção preditiva
Indo ainda além na estratégia e planejamento das manutenções, está a preditiva, que usa soluções de análise e processamento de dados, inteligência artificial e outros sistemas complexos para gerar relatórios completos sobre o desempenho de máquinas e equipamentos industriais.
Para entender melhor a diferença entre manutenção preventiva e preditiva, basta pensar desta forma: enquanto a preventiva toma como base revisões periódicas com base em um desempenho médio das máquinas, a preditiva acompanha em tempo real o desgaste e o esforço feito, gerando um relatório detalhado sobre quais partes realmente apresentarão algum tipo de falha.
Esse tipo de manutenção industrial permite que as manufaturas antecipem problemas nas partes monitoradas e realizem as intervenções necessárias com base nas predições geradas com grande grau de assertividade. Isso reduz ainda mais os gastos desnecessários dentro do ambiente de trabalho.
Isso estica o futuro da segurança industrial em muitos passos, mas ainda é uma solução cara que exige profissional altamente qualificado para lidar com os dados gerados.
- Leia também: Tecnologia industrial: confira 5 tendências atuais
Como reduzir a necessidade de manutenção industrial?
Manutenções geram dois problemas para as fábricas: linhas paradas e custos com pessoal, peças e ferramentas. Então, as indústrias que querem reduzir os gastos nessa área precisam reduzir o número de manutenções sem botar suas operações e trabalhadores em risco.
Logo, a saída mais sensata é a adoção de máquinas e equipamentos com menor necessidade de manutenções e revisões.
E uma das tecnologias que mais auxilia as indústrias atualmente nesse sentido é o uso de robôs colaborativos em operações de automação na linha produtiva.
Cobots, como também são conhecidos, podem ser operados por trabalhadores das próprias fábricas após um treinamento online e gratuito (como o que oferecemos aqui na UR Academy, a plataforma de ensino de programação de robôs colaborativos da Universal Robots) e também exigem pouquíssimas intervenções de conserto e revisão.
Isso faz com que os cobots tenham um menor custo total de aquisição quando comparados aos robôs industriais tradicionais, que são maiores, mais perigosos para a linha (exigindo o uso contínuo de células de segurança) e mais complexos - obrigando a contratação de profissionais qualificados para programar e operar essas máquinas.
Quer saber como os cobots podem ajudar a sua fábrica a reduzir manutenções na linha, aumentar a produtividade e liberar trabalhadores para tarefas de maior valor agregado? Preencha o formulário abaixo e fale conosco.