A robótica continua evoluindo constantemente, desafiando as fronteiras do que é tecnicamente possível. Uma das inovações atuais são os robôs humanoides, máquinas projetadas para simular a forma, os movimentos e, em alguns casos, os comportamentos dos seres humanos.
Esses robôs, equipados com avançadas tecnologias de inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina, estão ampliando nosso entendimento sobre automação. Ao longo deste artigo vamos conhecer melhor as características desse modelo de robô e descobrir qual o futuro da tecnologia.
DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DE UM ROBÔ HUMANOIDE
Um robô humanoide é uma entidade robótica projetada para replicar a forma e as funções do corpo humano, permitindo uma interação mais natural e intuitiva com ambientes humanos.
Eles são mais que uma novidade tecnológica; são ferramentas projetadas para interações sociais, assistência pessoal, operações em ambientes perigosos e muito mais.
Esses robôs possuem uma estrutura física que inclui cabeça, tronco, braços e pernas, muitas vezes com uma riqueza de detalhes que inclui articulações móveis e expressões faciais.
A mobilidade é um dos seus pontos fortes, permitindo movimentos como andar, correr e até realizar tarefas específicas como abrir portas ou carregar objetos.
Para navegar pelo mundo, os humanoides são equipados com sensores e câmeras que lhes permitem perceber e reagir ao ambiente, tornando-os capazes de realizar tarefas complexas com uma certa autonomia.
APLICAÇÕES ATUAIS
Atualmente, os robôs humanoides são usados em uma variedade de campos. Na educação, eles servem como ferramentas interativas para ensinar crianças e adultos. No entretenimento, são usados para criar experiências imersivas e envolventes. E na pesquisa e exploração espacial, como demonstra o Valkyrie da NASA, eles são preparados para operar em condições extremas onde humanos não poderiam sobreviver.
Indústrias como a automotiva, representada por iniciativas da Mercedes-Benz, estão começando a testar a viabilidade de robôs humanoides em linhas de montagem, executando tarefas repetitivas que geralmente são atribuídas a operadores humanos.
Veja a seguir alguns exemplos atuais de robôs humanoides:
VALKYRIE (NASA)
Projetado para operações em ambientes extremos, como áreas afetadas por desastres naturais ou missões espaciais.
Com 1,88 metro de altura e pesando 136 quilos, Valkyrie é capaz de usar ferramentas e equipamentos similares aos humanos, ideal para ambientes onde a intervenção humana é perigosa ou impossível.
ASIMO (HONDA)
Robô desenvolvido para interação social e assistência em tarefas diárias. Capaz de caminhar, subir escadas, reconhecer rostos e objetos, Asimo é um pioneiro em demonstrar a capacidade dos robôs de se moverem e operarem em ambientes domésticos e públicos.
Também é utilizado para interações educativas e suporte em eventos e locais públicos, agindo como um embaixador tecnológico para a Honda.
PEPPER (SOFTBANK ROBOTICS)
Equipado com reconhecimento facial e de voz, Pepper é projetado para interagir emocionalmente com as pessoas, respondendo a gestos e expressões faciais.
SOPHIA (HANSON ROBOTICS)
Com expressões faciais realistas e capacidade de manter conversas básicas, Sophia é projetada para simular um alto grau de empatia e compreensão emocional.
Aplicações: Pesquisa em IA e robótica, além de funções públicas e de mídia, servindo como uma plataforma para discussões sobre o futuro da IA e robótica.
APOLLO (APPTRONIK)
Com 1,73 metros de altura e capaz de levantar até 25 quilos, Apollo é equipado para realizar tarefas manuais em ambientes industriais, como mover pacotes e empilhar paletes.
É utilizado em fábricas e armazéns, onde pode realizar tarefas repetitivas, aumentando a eficiência e reduzindo a necessidade de intervenção humana em ambientes potencialmente perigosos.
MERCADO E FUTURO DOS ROBÔS HUMANOIDES
O mercado de robôs humanoides está projetado para crescer significativamente nos próximos anos.
Segundo a Goldman Sachs Research, espera-se que o mercado atinja cerca de US$ 38 bilhões até 2035. Esta expansão notável, que representa um aumento seis vezes maior em relação a estimativas anteriores de US$ 6 bilhões, reflete não apenas avanços tecnológicos significativos, mas também uma crescente aceitação de suas aplicações práticas em diversos setores.
Além disso, a previsão de entregas de robôs humanoides é igualmente impressionante, com estimativas apontando para 1,4 milhão de unidades entregues até 2035. Esta ascensão é facilitada pela redução drástica nos custos de produção, que caíram de entre US$ 50 mil e US$ 250 mil por unidade em 2023 para entre US$ 30 mil e US$ 150 mil.
Com tais avanços, o futuro dos robôs humanoides promete uma revolução na forma como as operações industriais são conduzidas, assim como uma redefinição das interações entre máquinas e seres humanos em muitos aspectos da vida cotidiana.
USO DE COBOTS NAS INDÚSTRIAS
Os robôs humanoides podem ser visualizados como a fronteira futura da automação, mas, os cobots (robôs colaborativos) já são uma realidade consolidada nas indústrias modernas.
Estes dispositivos não possuem a forma humana, mas atuam efetivamente como uma extensão do corpo humano, permitindo a realização de tarefas que poderiam ser desafiadoras para os trabalhadores por conta própria.
Leves e compactos, os cobots podem ser facilmente integrados ao chão de fábrica sem a necessidade de barreiras de segurança extensivas, convivendo harmoniosamente no mesmo ambiente que os humanos. Essa convivência é possível graças à avançada tecnologia de segurança que inclui sensores de proximidade e múltiplos sistemas de segurança integrados, permitindo uma interação segura e eficiente.
Além disso, a implementação de cobots é notavelmente acessível devido ao seu baixo custo total de aquisição e à simplicidade de programação e uso, que são reforçados por treinamentos como os oferecidos pela UR Academy.
Com uma vasta gama de aplicações — desde montagem e parafusamento até inspeção de qualidade e paletização — os cobots estão desempenhando papéis importantes em indústrias de todos os tamanhos, revolucionando a automação industrial com sua flexibilidade e eficiência.