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BENEFíCIOS
No início, houve algum receio por parte dos operadores de terem de trabalhar com um robô, mas depois de verem que a velocidade do cobot é reduzida e que também tem grandes medidas de segurança, a adaptação foi rápida e agora os operadores sentem-se mais libertos, como indica a operadora Paula Ramondes: “Foi uma adaptação muito fácil. Sempre há aquela coisa, mas não tive medo dele. Libertou-me de muito trabalho e já não me canso. Agora estou sempre a produzir e antes tinha que fazer paragens. Estou bastante contente porque tenho mais produção, mais atividade própria e melhorei a minha condição física porque não estou tão cansada e é tudo mais fácil.”
Segundo Tiago Pardelinha, o técnico de manutenção que implementou a solução, o cobot trouxe à empresa um apoio logístico e ergonómico significativo. “Foi feita uma mesa com seis estações para pôr as peças que o robô tem que recolher e também foram colocados dois sensores laser na câmara da garra do robô, que detetam a presença das peças e a sua posterior orientação. Neste caso, logisticamente falando, veio trazer-nos uma boa oportunidade, porque conseguimos ter uma operadora a trabalhar em conjunto com o cobot enquanto a outra pessoa está a desempenhar um papel mais importante.”
“O cobot tem uma interface muito simples de usar. É um caso diferente do que se espera de um robô industrial a nível de interface porque este é bastante amigável, onde temos todas as opções ao nosso lado e é só agarrarmos e conseguimos fazer desde movimentos simples a funções complexas sem necessitar de grande aprendizagem de robótica”, acrescenta o técnico.
A mistura da eficiência do robô, juntamente com a sua fácil implementação e a adaptação rápida pelos trabalhadores, fez com que esta solução, embora esteja em funcionamento há pouco tempo, já fosse bem-sucedida. Como aponta o diretor da Catraport, Umberto Pellegri, “os benefícios que vimos com a introdução de um robô como o da Universal Robots foi, sobretudo, no facto de o retorno do investimento ser inferior a um ano e a produtividade ter aumentado em 10−15%”.